sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cientistas encontram fósseis de bebês gigantes de tubarões


Uma pesquisa do instituto Smithsonian Tropical e da Universidade da Flórida, ambos nos Estados Unidos, descobriu uma espécie de maternidade de tubarões gigantes no Panamá. Fósseis de bebês que tinham cerca de 1,8 m e pertenciam à espécie magalodon (Carcharocles megalodon), a maior de tubarão que já existiu, foram encontrados no local.
"Tubarões gigantes adultos, com um comprimento entre 18 e 21 m, encaravam poucos predadores, mas os jovens enfrentavam outros grandes tubarões", diz a cientista Catalina Pimiento. "Assim como em muitas espécies modernas de tubarão, os jovens gigantes provavelmente passavam esse período vulnerável de suas vidas em águas rasas onde a comida era abundante e os predadores tinham dificuldade de locomoção", diz a pesquisadora.
Segundo o instituto, os paleontólogos coletaram mais de 400 fósseis de dentes de tubarão com cerca de 10 milhões de anos como parte de um trabalho para entender como se formou a região de Gatun, uma espécie de ponte que liga a América do Sul e do Norte. Pelo menos 28 dentes pertenciam a jovens animais.

Os cientistas acreditam que existam pelo menos outros dois locais que serviram de berçário para os super tubarões, mas ambos nos Estados Unidos. Contudo, os pesquisadores correm contra o tempo para pesquisar a região, já que ela é explorada para a produção de cimento e possíveis novos sítios arqueológicos podem ser destruídos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pesquisador acha fóssil de crocodilo em Marília

Foi divulgado sexta feira dia 21 de maio de 2010 no Diario de São Paulo que foi encontrado Fósseis de um crocodilo que teria vivido na região de Marília há pelo menos 70 milhões de anos foram descobertos pelo paleontólogo Willian Nava. O material foi achado em meados do ano passado, quando Nava descobriu no local fósseis de um dinossauro herbívoro, mas só foram divulgados nesta sexta.

Batizado de Sphagesaurus, o exemplar trata-se de um novo gênero e espécie que pôde ser identificado a partir de partes do crânio e da mandíbula (de cerca de 30 cm) do animal encontradas à margem de uma rodovia, a 20 km de Marília.

É a primeira ocorrência desta espécie na região e a segunda na formação geológica datada do período cretácio e identificada como Bacia Bauru - que abrange o oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o sul de Goiás, parte do Mato Grosso do Sul e Paraná. Os primeiros fósseis de Sphagesaurus foram achados na década de 1950, na região de São José do Rio Preto (SP).

“É o maior crocodilo encontrado na nossa região e, com isso, podemos dizer que eles tiveram distribuição mais ampla do que se imaginava.”
Pela estimativa inicial, o animal seria onívoro e teria entre 3 e 4 metros de comprimento. “Apesar de se tratar de um crocodilo, não há ligações entre os répteis atuais que descendem de uma linhagem genética diferente”, explica.

A descoberta foi comunicada à UnB (Universidade de Brasília) que auxiliará nas pesquisas. Com o apoio da universidade, as escavações devem ser intensificadas a partir de junho. Os fósseis estarão expostos amanhã no Museu de Paleontologia (avenida Sampaio Vidal, 245), das 10h às 18h.

Retirado do site: http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia-a-dia/5780/Pesquisador+acha+fossil+de+crocodilo+em+Marilia

No Marrocos são encontrados 1,5 mil fósseis de invertebrados.



Foi publicado na revista "Nature" no dia 13 de maio de 2010 que Paleontólogos da Universidade de Yale, nos EUA, descobriram mais de 1,5 mil fósseis de animais marinhos invertebrados que viveram entre 480 e 472 milhões de anos atrás, durante o período Ordoviciano.
As descobertas, feitas no Marrocos, ajudarão a entender como funcionavam os ecossistemas nessa época, quando houve uma grande diversificação das espécies e a maioria da vida na Terra ainda era encontrada nos oceanos.
Muitos dos fósseis são completos e incluem esponjas, vermes anelídeos, moluscos e caranguejos-ferradura. Como não possuíam ossos, esses animais deixaram poucas pistas para os paleontólogos. No Marrocos, águas calmas e condições químicas favoráveis contribuíram para a preservação das criaturas

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Professores descobrem fóssil de predador gigante no RS

"Pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) encontraram um fóssil quase completo de um predador gigante de aproximadamente 238 milhões de anos. A descoberta ocorreu em um terreno no município de Dona Francisca, na região central do Estado do Rio Grande do Sul há cerca de trinta dias e foi apresentada nesta segunda-feira (10) pelo paleontólogo Sérgio Cabreira e pelo biólogo Lúcio Roberto da Silva.

“Este é o maior esqueleto e em melhor estado de conservação já encontrado”, afirma Cabreira.

O fóssil quase completo do tecodonte Prestosuchus chiniquensis, de aproximadamente sete metros de comprimento e 900 quilos de peso, representa um dos mais importantes achados deste grupo de répteis, que é considerado um grupo ancestral dos dinossauros e aves.

“Esse achado tem enorme importância, com repercussão internacional, porque o conjunto completo pode nos dar informações amplas sobre este animal. Há diversos achados espalhados que se julga serem partes de prestosuchus. Agora, com todos os ossos, podemos certificar que realmente são desse tecodonte”, afirma o paleontólogo.

Os pesquisadores integram um projeto em associação com o Museu de Ciências Naturais da Universidade, que tem como objetivo a constituição de um amplo acervo fossilífero e também a implementação de atividades de museologia."

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/05/10/professores-descobrem-fossil-do-maior-predador-ja-conhecido-no-rs.jhtm

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A multicelularidade e a transição de Ediacara a Burgess

As primeiras células eucarióticas no resgistro fóssil data-se de 1,4 milhões de anos. No entanto, os organismos multicelulares só apareceram antes da explosão cambriana, há cerca de 570 milhões de anos, sendo os primeiros membros da fauna Ediacara.
Em vem de um gradual rumo a uma crescente complexidade taxonômica, as poucas dezenas de milhões de anos entre Ediacara e Burgess testemunham três faunas variadas e radicalmente diferentes - as criaturas de Ediacara, grandes, achatadas e de corpo mole, os pequenos animais esqueléticos tommotianos, coberto de músculos, escamas e plaquetas, e a diversificada e estranha fauna Burgess,os fósseis de Burgess são preciosos por que preservaram com primorosos detalhes partes moles do organismo.


Fig. 1 – Classificação de Seilacher para os organismos de Ediacara, de acordo com suas variações em torno de um único plano anatômico achatado e semelhante a um acolchoado. Estes Organismos são, tradicionalmente, colocados em diversos filos modernos.

Fig 2. – Organismos de afinidade desconhecida representativos da “pequena fauna conchosa” do Cambriano (Rozanov, 1986). A) Tommotia. B) Hyolithellus. C) Lenargyrion

Fig. 3 – Ilustração mostrando algumas das fotografias de organismos de Burgess que aparecem na monografia, publicada por Walcott em 1912, sobre os artrópodes. As fotografias foram bastante retocadas. Canadaspis está no alto, à esquerda; Leanchoilia aparece embaixo.

Fig. 4 – A melhor fotografia sem retoques jamais tirada de um organismo de Burgess Shale. Des Collins tirou esta foto de Naraoia, preservado em vista lateral. Este espécime não veio da pedreira de Walcott e sim de uma das várias outras localidades com mesma área. Os espécimes da pedreira de Walcott não permitem uma fotografia assim tão boa.

Fig. 6 – Reconstituição da fauna de Burgess Shale feita por Charles R. Knight em 1940, a qual provavelmente serviu de modelo para suas ilustrações de 1942. Todos os animais foram desenhados como membros de grupos modernos. Acima de Sidneyia, o maior animai do cenário, Waptia é reconstituído como um camarão. Duas partes que na verdade pertencem ao estranho Anomalocaris são representadas respectivamente como uma medusa comum (no alto, à esquerda do centro) e como a extremidade posterior de um artrópode bivalve (a criatura grande, à direita do centro, nadando acima de dois trilobitos).

Fig. 7 -Uma moderna reconstituição da fauna de Burgess, ilustrando um artigo de Briggs e Whittington sobre o gênero Anomalocaris. Ao contrário do desenho de Charles Knight, este apresenta organismos bizarros. Sidneyia foi transferido para o canto inferior direito e o cenário é dominado por dois espécimes do grande Anomalocaris. Três Aysheaia, comem esponjas ao longo da borda inferior, à esquerda de Sidneyia. Um Opabinia rasteja pelo fundo, logo à esquerda de Aysheaia, e dois Wiwaxia alimentam-se no fundo do mar, abaixo do Anomalocaris em posição mais elevada.

Fig. 9 – Uma reconstrução recente da fauna de Burgess Shale (Conway Morris e Whittington, 1985), mostrando a nova interpretação de Anomalocaris (24), e o grande tamanho desta criatura em relação às outras. Observe os esxtranhos Opabinia (8), Dinomischus (9) e Wiwaxia (23); e os artrópodes Aysheaia (5), Leanchoilia (6), Yohoia (11), Canadaspis (12), Marrella (15 e Burgessia (19).
Figuras retiradas do site: http://www.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/especies/preposcambriano.html