sexta-feira, 2 de julho de 2010

Diário de Bordo por Daniela Santos e Meriane Ribeiro


1° dia (03/06/2010) - Saímos de Jequié com destino a Morro do Chapéu.

Ao chegar à cidade partimos para a Pousada Ecológica das Bromélias onde ficamos hospedados. Em seguida, saímos para o campo I, onde visitamos o morrão e o buraco do Possidônio que tem como área a exploração a geologia. O morrão é uma elevação situada à cerca de 8 km da cidade de Morro do Chapéu que tem o formato de chapéu, daí o nome da cidade. No morrão observamos a formação Morro do Chapéu e a vegetação (Xique-xique, pau-de-resposta, etc). O Buraco do Possidônio é uma cratera de 60m de profundidade, onde observamos a formação Caboclo e uma vegetação mista de cerrado e árvores de grande porte. Retornamos para a pousada e após o jantar houve o sorteio do Amigo Ecológico, depois preparamos a nossa apresentação sobre a Arqueologia de Morro do Chapéu.

2° dia (04/06/2010) – Neste dia saímos para o campo II, onde visitamos a Gruta Cristal I, a Fazenda Arrecife e o Salão de ossos, que tem a Paleontologia como área de exploração. A Gruta Cristal I apresenta estrutura labiríntica reticulada, na base do morro afloram siltitos da formação caboclo, nesta gruta observamos afloramento de estromatólitos, ausência de espeleotemas e coletamos material para estudo. Na Fazenda Arrecife observamos estromatólitos laminares e colunares (que ocorrem na formação Calcária) e vegetação de Caatinga. No Salão de ossos coletamos possíveis fósseis. Retornamos para a pousada e após o jantar apresentamos a síntese da Arqueologia de Morro do Chapéu ao terminar esta atividade o grupo se reuniu para preparar a amostra fotográfica.

3° dia (05/06/2010) – após o café da manhã saímos para campo III, onde visitamos a Cachoeira do Ferro Doido e a Gruta dos Brejões, que tem a geologia como área de exploração. Na Cachoeira do Ferro Doido podemos observar que a água é avermelhada devido a presença de óxido de ferro na mesma, a vegetação rupestre e o tipo de formação Morro do Chapéu. Para chegar até a gruta dos Brejões passamos por um povoado onde vivem a comunidade Quilombola, na entrada da gruta observamos a formação de quenions e dentro da gruta os importantes espeleotemas ( as formações de estalactites, estalagmites e colunas). Retornamos para a pousada e após o jantar apresentamos a amostra fotográfica.

4° dia (06/06/2010) – Neste ultimo dia saímos para campo IV, onde visitamos a Cidade das Pedras e Ventura. A Cidade das Pedras tem a arqueologia como área de exploração, nela observamos pinturas rupestres que foram executadas sobre um substrato constituído de arenitos róseos da formação Morro do Chapéu. Em Ventura, conhecemos a história do local. Trata-se de um local que foi utilizado para exploração de diamantes, no final desta visita realizamos o Amigo Ecológico, nos despedimos de Ventura e voltamos para Jequié. Valeu a pena!!!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Diario de Bordo por Indira Carla

A viagem a Morro do Chapeu começou no dia 03/06/2010, uma viagem longa e bem interessante, divertida dentro do carro. Chegamos ao nosso destino, nos hospedamos no hotel e seguimos viagem para o Morrão, que tem uma linda vista, tem esse nome pois tem o formato de um chapéu, la foi super legal, conheços a vegetação nativa como o "Pau de Resposta" e o "incha culhões", as duas plantas que o pessoal mais se interessou. Depois fomos para o Buraco do Posidonio,algo que chama muito a atenção nessa atração turística é a presença de vegetação típica da caatinga próxima à borda do buraco, e de árvores de grande porte no interior. Um contraste possibilitado pelo acúmulo de umidade no interior da fossa, onde também se formou um solo mais rico.
Morro do Chapeu apresenta 05 formações: Formação Morro do Chapéu, Salitre, Bebedouro, Tombador e Caboclo. É tambem uma das cidades mais visitadas por estudiosos pois nem todas apresentam tanta variedade de formação como Morro do Chapeu. Tivemos o prazer de encontrar uma linda aranha no meio do caminho, saindo da Buraco do Possidonio. Voltamos pra pousada. Depois do jantar fomos para o auditorio e fomos instruidos a preparar o seminario para o dia seguinte. No dia 04/06/2010 visitamos a Gruta Cristal I, fica localizada na Fazenda Boa Vista, 35 km a sudoeste de Morro do Chapeu, antes de entrar na gruta vimos estromatolitos laminares nas rochas e observamos furos nessa rocha, que foi levado para estudo por pesquisadores, quando entramos na gruta fizemos uma coleta de material para estudo. Fizemos um quadrado de 1 metro², e coletamos a 10 cm de profundidade em 05 pontos. Em seguida fomos a Fazenda Arrecife, local que um dia ja foi mar, vimos a vegetação tipica de la, como cabeça de frade, e observamos neste lajedo varios tipos de estromatolitos, tanto laminares como colunares. Em seguida fomos para Toca dos Osso, local onde pudemos coletar material que pode ser um fossil quem sabe, fui ate o fundo dessa toca, la dentro é incrivel, observamos o solo meio umido, e não tem espeliotemas. Voltamos para a pousada e fomos apresentar o seminario, seminario que ficou marcado pela apresentação de Iago e Danizio popular "Dario Meira". No dia 05/06/2010 saimos cedo e fomos a Cachoeira do Ferro Doido, O termo “Ferro Doido” foi criado por garimpeiros de diamantes para indicar a dificuldade de trabalhar na área face à presença de grandes blocos de arenito sobre o cascalho. Situando-se a cerca de 500 metros da BA – 052, oferece um espetáculo de rara beleza em um vale com desnível de cerca de 80 metros. Tambem oferece uma visão maravilhosa, aluns mais corajosos chegaram a ficar na ponta, so que eu n, vislumbrei de um pouco mais longe. O Monumento Natural está localizado no município de Morro do Chapéu, inserido na bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu. Possui uma área estimada de 400 ha. A queda d’água da Cachoeira do Ferro Doido com 98 metros, É muito comum espécies de orquídeas, bromélias, melastomatáceas e malphighiàceas. A fauna apresenta algumas espécies ameaçadas de extinção, além da ocorrência do Colibri dourado, que é uma espécie endêmica na região. A coloração da água dessa cachoeira é avermelhada devido à presença de óxido de ferro dissolvido. Seguimos pra Gruta Brejões, essa sim foi inesquecivel. uma das mais notáveis do Brasil com 7.750 metros de extensão, que está entre as 15 maiores do país em amplitude.
A partir da cidade de Morro do Chapéu, chega-se à gruta dos Brejões pela rodovia BA-426, via Várzea Nova, Lages do Batata, Ourolândia e fazenda Mulungu da Gruta, num total de 180 quilômetros. Essa foi divertida, a estrada não estava tão ruim, mas n era asfaltada, então subia o poeirão, mas como estava de Ranger e ar condicionado , não tive problemas, kkkk. Brejões apresenta espeleotemas de rara beleza cênica entre estalactites, estalagmites com até 12 metros de altura, represas de travertinos, cascatas de pedra, cortinas, colunas, clarabóias, salões em diferentes níveis topográficos, galerias, lagos e trechos do rio Jacaré que submerge no interior da caverna. A entrada principal possui 60 metros de largura e 123 metros de altura, sendo a segunda boca de caverna de maior altura no Brasil, mportante sítio paleontológico, a caverna também tem uma conotação religiosa com cruzeiro, altar, imagens e locais de oferendas, sendo muito visitada por romeiros. A luz natural só alcança os primeiros 150 metros. Vimos espeliotemas muito interessantes, o principal o " bolo de noiva". Nesse sitio arqueologicoja foram coletados grandes tesouros paleontológicos, com exemplares de preguiça gigante, aves e repteis já catalogados Perto da gruta Brejões existe uma comunidade muito carente chamada de quilombola e que tiram o seu sustento como guia da gruta. Voltamos para a pousada e fomos apresentar amostra fotografica do grupo. Esse dia foi o mais cansativo, depois fomo no forró, e que forró. No utimo dia visitamos a Cidade das pedras, pela primeira vez na vida pulei a cerca, kk, é que tinha uma cancela e esta estava trancada e para ter acesso so pulando, kkk. Observamos la as pinturas rupestres. Depois fomos pra Ventura, uma cidade abandonada, que foi muito explorada, ja que era um lugar com muito diamante e hoje tem poucas familias morando la. La tambem observamos muro de pedra e por incrivel que pareça tivemos um guia em especial, Anderson, kk, que no caminho foi contando a historia de Ventura e como os negros colocaram aquelas pedras para fazerem os muros. La fizemos o amigo ecologico que foi bem legal. Em seguida pegamos o caminho de volta, quer dizer, depois que o motorista conseguiu ligar o carro, ja que a bateria tinha esgotado, kkk.
Ai sim pegamos caminho pra casa. Apesar de tudo a viagem foi maravilhosa, pois conhecimento nunca e demais, cada pessoa tem um gosto, tem seus costumes e suas vontades, então temos que aprender a respeitar isso. Cansativo foi? Foi e muito, so que temos que entender que todo mundo tem um limite, e aprender a respeita-lo. ma acima de tudo Deus nos protegeu nesta viagem, ampliamos nosso conhecimento. E tenho que agradecer aqui a Rita, que nos proporcionou esta viagem fantastica, a Tarcila e a Leo, os bonitores que explicaram tudo pra gente, e a seu Gilmar, o guia. Ah, Rita, valeu por nos levar no carro, foi massa. So a base de Aviões do Forro, Edu e Maraial, kk, nossa, adorei.
Beijos

"Diário de Bordo" Osiane

Nossa aula de campo teve inicio dia 03 de Junho de 2010, com o intuito de realizar uma aula de campo na cidade de Morro do Chapéu, situada na região da Chapada Diamantina. . A cidade, a 1012 m de altitude, é dona de um clima dos mais agradáveis, com uma média anual de temperatura em torno de 20ºC. Depois de 9 horas de viagem chegamos na Pousada Ecológica das Bromélias.Após nossa chegada partimos para o Morrão, grande elevação que fica à cerca de 8km da cidade de Morro do Chapéu, com uma altitude de 1.293m. Tem um formato de chapéu daí o nome Morro do Chapéu. O morrão apresenta uma grande variedade vegetal com vegetação de caráter rupestre arbustiva. A formação Morro do chapéu se deu a partir de uma queda relativa do nível do mar que expôs a plataforma onde havia se depositado a formação cabocla.O outro local que visitamos foi a “Dolina Buracão”ou Buraco do Posidônio. É uma grande dolina de colapso, com um contorno meio cilíndrico e com cerca de 150 metros de diâmetro por 70 metros de profundidade, a origem é desenvolvida em siltitos, está relacionada à presença de rochas calcárias subjacentes, passíveis de sofrerem dissolução, o que provocou o desmoronamento das camadas superiores, caracterizando-a como um dolina. Nessa área foi notado uma transição entre três tipos distintos de vegetação:Mata Atlântica,caatinga e o semi-árido. . Foi observado em campo um grande contraste entre a vegetação de semi-árido na superfície e a que ocorre em seu interior, onde há árvores de grande porte.
Após o término das observações, retornamos para Pousada Ecológica das Bromélias. Após o banho, e jantar começamos a preparar a apresentação dos seminários para apresentar no dia seguinte. No dia (04/06) depois do café da manhã fomos para a Gruta Cristal I, localizada na Fazenda Cristal Boa vista, 37Km a sudoeste de Morro do Chapéu, esta gruta apresenta grande concentração fósseis.Nesse local foram coletados amostra para estudo.Seguindo nosso roteiro fomos para a Fazenda Arrecife, situada na zona rural do municio de Várzea Nova, trata-se de um afloramento de estromatólitos, pertencentes à formação geológica salitre. Na Fazenda Arrecife existem dois tipos de estromatólitos carbonáticos pertencentes a dois grupos taxonômicos. No primeiro tipo, os estromatólitos são maiores e formam bioermas (litoermas). No segundo tipo os estromatólitos colunares encontrados são menores e não formam bioermas ou bioestromas. Logo após fomos a Toca dos ossos local esse que Rita ficou maravilhada. rsrrss.Foram coletadas algumas amostras e como eu estava em outro carro particular.rsrsrrs.Fomos abastecer o carro e depois fomos para a pousada.Já cansados, apresentamos os seminários e arrumamos os materiais coletados, para darmos andamento quando chegarmos em Jequié. O terceiro dia (05/06 - sábado) visitou logo cedo à cachoeira do Ferro Doido. O termo “Ferro Doido” foi criado por garimpeiros de diamantes para indicar a dificuldade de trabalhar na área face à presença de grandes blocos de arenito sobre o cascalho. Situando-se a cerca de 500 metros da BA – 052, oferece um espetáculo de rara beleza em um vale com desnível de cerca de 80 metros. A coloração da água dessa cachoeira é avermelhada devido à presença de óxido de ferro dissolvido. Depois fomos para a Gruta dos Brejões cerca de 300m a noroeste da vila Brejão da Gruta, parte de uma Área de Proteção Ambiental com mais de 11900 ha localizando-se entre os municípios de São Gabriel, João Dourado e Morro do Chapéu.Essa gruta oferece grandes formações tanto de estalactites quanto de estalagmites ,além de colunas e o tão famosos bolo de noiva principal atrativo turístico..Não pode-se esquecer dos salões. Grandes tesouros paleontológicos, com exemplares de preguiça gigante, aves e repteis já catalogados Perto da gruta Brejões existe uma comunidade muito carente chamada de quilombola e que tiram o seu sustento como guia da gruta. Esse dia foi muito cansativo parecia que não ia terminar.rsrrss.De volta a pousada apresentamos uma amostra de fotos tiradas pelo grupo.O dia 06/07 nosso último dia arrumamos a bagagens e eu que estava dando o apoio moral a professora.rsrsrs Fui com ela no carro mais confortável.Paramos na Cidade das Pedras fomos observar pinturas rupestres lá encontramos desenhos de animais em seu ambiente natural, macacos, lagartos em associação com arbustos e pedras. As pinturas dessa região são em sua maioria monocromática de tonalidade avermelhada, por conta da mistura que era utilizada para compor a tinta, substratos ricos em ferro, deram o tom característico a estes desenhos. Logo depois fomos para a cidade de Ventura , local que foi o maior centro extrativista de diamantes da região, no início do século 20. Um belo sobrado, a capela de Nossa Senhora da Conceição e um casario colonial são algumas coisas que restou dessa época. Nesse local fizemos o amigo ecológico muito interessante por sinal.Nesse local o carro que eu estava esgoto a bateria e ficamos ali por um tempo esperando um socorro, e Rita com toda sua sabedoria sempre falava:Eu falei,tinha que ser dois micros.rsrsrrss.Mas tudo bem tudo deu certo e nada como nesse intervalo bater um papo né?Colocamos a conversa em dia, as resinhas. O socorro chegou e pegamos a pista de volta ao nosso ponto inicial ,foi cansativa a viagem porém muito proveitosa após outras nove horas de viagem chegamos ao nosso destino.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Técnicas de coleta em paleontologia, incluindo metodologia, objetivo, prospecção, preparação e instrumentos

Metodologia
O primeiro desafio do paleontólogo quando encontra um fóssil é a sua retirada do campo e a preparação no laboratório, duas etapas inicias que são muitas vezes extremamente delicadas e especializadas, que toma um longo tempo do pesquisador pra a preparação do material para estudo.
Não existe uma técnica formal e exata para a preparação dos fosseis.
Prospecção e Coleta de Fósseis
São inúmeros os procedimentos, tanto para encontrar como para retirar o fóssil da rocha ou sedimento. As técnicas vão varias dependendo do objetivo do pesquisador, do tempo disponível, do local e da natureza do sedimento.
. É necessário documentar e fotografar o local onde foi achado o fóssil. Algumas vezes é preciso usar um GPS para identificar as coordenadas geográficas do local. Fazer medições, para estabelecer a concentração de fósseis no afloramento. Após coletado o fóssil é necessário que o local seja visitado periodicamente, pois a erosão pode expor um novo fóssil futuramente ou deve-se começar um processo de escavação sistemático. Todas as informações do sítio devem ser devidamente documentas, fotografado e mapeado. A coleta ou escavação, é feito removendo-se o material por cima e entorno. Deve-se preparar o material para o transporte até o laboratório de paleontologia. Se o fóssil for pequeno, enrolar bem o fóssil com fita de caixa, já é o suficiente para o transporte. Às vezes é necessário engessar o bloco para ser transportado. Mas, dependendo do local e de outras condições é necessário fazer grande parte do trabalho de laboratório no local. Antigamente era feitos desenhos de todo o processo de escavação, para documentar a posição dos ossos,na atualidade usam-se câmaras fotográficas digitais com grande resolução gráfica, também o uso de um laptop, em campo pode ser muito útil, para coletar as fotos e analisadas no próprio local.
A preparação química, mecânica ou as duas são procedimentos necessários, pois os fósseis podem estar total ou parcialmente envolvidos nos sedimentos e todo cuidado é pouco: é preciso controlar o tempo de desgaste com brocas e também o tempo em que eles ficam no ácido e qualquer vacilação pode pôr tudo a perder. A preparação mecânica implica o uso de martelos, talhadeiras, brocas (como as dos dentistas), vibradores tanto para desgastar quanto para provocar vibrações, além de aparelhos que expelem jatos de areia e limpam sem desfigurar a anatomia do fóssil e, ainda, aparelhos de ultra-sonografia. Já a preparação química requer ácidos. Para fósseis constituídos de sílica ou fosfato, por exemplo, utiliza-se o ácido acético. Outros são preparados só com água oxigenada.
Após o material chegar ao laboratório começa a fase mais demorada de todo o trabalho, dependendo do fóssil e suas características pode haver vários procedimentos a serem seguidos O fato de o material estar no laboratório, permite que a remoção da terra possa ser feita lentamente e com mais cuidado do que em campo, acarretando menos dados ao fóssil. É feito o uso constante de fotografia durante a remoção da terra, pra documentação da posição dos ossos. Usa se espátulas para remover a terra e em alguns casos brocas de diamante, do mesmo tipo usado por dentistas, para remover restos de concreto. Também pode haver a quebra de ossos durante a remoção, o que requer o uso de cola. Para fichar o fóssil durante o processo de colagem, usa-se massa de modelar.
Usa-se uma caixa com areia para colocar-se os ossos, conforme são removidos do local onde estão e colocando-os em uma posição correspondente na caixa. Também pode se fazer um molde do fóssil, para ser posto em um museu mostrando a posição dos ossos conforme ele estava enterrado.
Muitas vezes quando falta um pedaço do fóssil, usa-se um complemento feito de durepox.
Dependendo do estado de conservação do fóssil pode ser necessário o uso de fixadores para preservar-lo.
Cópias e Moldes
Deve-se fazer o máximo para preservar o fóssil, por isso são feito cópias do fóssil.
Fonte: Paleontologia. Ismar de Souza Carvalho

Estromatolitos: Conceito, importância e aplicação



Os estromatólitos são um dos vestígios de vida mais antigos na Terra, foram encontrados a 3,5 bilhões de anos, são fósseis que foram originados por bactérias e cianofitas que, ao captarem os carbonatos existentes nos meios onde viviam, e ao metabolizá-los, os depositavam nas suas membranas celulares e, assim, foram-se produzindo uma espécie de muco que ao entrar em contato com partículas externas ficam duras não podendo ser mais realizado seu metabolismo, os estromatólitos passam para cima dessa rocha criando laminas. Estas estruturas podem assumir diferentes formas, como esteiras microbianas, camadas, domos, colunas e oncólitos.
A palavra estromatólito vem do grego, de strôma que significa camada e de lithos que significa rochas.
Há estromatólitos de diversas idades, o principal acontecimento deu-se no pré-cambriano Inferior, e alcançou grande desenvolvimento no pré-cambriano Superior.
Estes organismos foram os primeiros recicladores de carbono, os primeiros produtores de oxigênio e os primeiros formadores de zonas de recifes.
As cianobactérias que participavam na construção dos estromatólitos foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigênio da atmosfera primitiva terrestre, realizando a fotossíntese e fornecendo a energia e o carbono, direta ou indiretamente, para uma vasta comunidade de seres vivos, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 mil milhões de anos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cientistas encontram fósseis de bebês gigantes de tubarões


Uma pesquisa do instituto Smithsonian Tropical e da Universidade da Flórida, ambos nos Estados Unidos, descobriu uma espécie de maternidade de tubarões gigantes no Panamá. Fósseis de bebês que tinham cerca de 1,8 m e pertenciam à espécie magalodon (Carcharocles megalodon), a maior de tubarão que já existiu, foram encontrados no local.
"Tubarões gigantes adultos, com um comprimento entre 18 e 21 m, encaravam poucos predadores, mas os jovens enfrentavam outros grandes tubarões", diz a cientista Catalina Pimiento. "Assim como em muitas espécies modernas de tubarão, os jovens gigantes provavelmente passavam esse período vulnerável de suas vidas em águas rasas onde a comida era abundante e os predadores tinham dificuldade de locomoção", diz a pesquisadora.
Segundo o instituto, os paleontólogos coletaram mais de 400 fósseis de dentes de tubarão com cerca de 10 milhões de anos como parte de um trabalho para entender como se formou a região de Gatun, uma espécie de ponte que liga a América do Sul e do Norte. Pelo menos 28 dentes pertenciam a jovens animais.

Os cientistas acreditam que existam pelo menos outros dois locais que serviram de berçário para os super tubarões, mas ambos nos Estados Unidos. Contudo, os pesquisadores correm contra o tempo para pesquisar a região, já que ela é explorada para a produção de cimento e possíveis novos sítios arqueológicos podem ser destruídos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pesquisador acha fóssil de crocodilo em Marília

Foi divulgado sexta feira dia 21 de maio de 2010 no Diario de São Paulo que foi encontrado Fósseis de um crocodilo que teria vivido na região de Marília há pelo menos 70 milhões de anos foram descobertos pelo paleontólogo Willian Nava. O material foi achado em meados do ano passado, quando Nava descobriu no local fósseis de um dinossauro herbívoro, mas só foram divulgados nesta sexta.

Batizado de Sphagesaurus, o exemplar trata-se de um novo gênero e espécie que pôde ser identificado a partir de partes do crânio e da mandíbula (de cerca de 30 cm) do animal encontradas à margem de uma rodovia, a 20 km de Marília.

É a primeira ocorrência desta espécie na região e a segunda na formação geológica datada do período cretácio e identificada como Bacia Bauru - que abrange o oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o sul de Goiás, parte do Mato Grosso do Sul e Paraná. Os primeiros fósseis de Sphagesaurus foram achados na década de 1950, na região de São José do Rio Preto (SP).

“É o maior crocodilo encontrado na nossa região e, com isso, podemos dizer que eles tiveram distribuição mais ampla do que se imaginava.”
Pela estimativa inicial, o animal seria onívoro e teria entre 3 e 4 metros de comprimento. “Apesar de se tratar de um crocodilo, não há ligações entre os répteis atuais que descendem de uma linhagem genética diferente”, explica.

A descoberta foi comunicada à UnB (Universidade de Brasília) que auxiliará nas pesquisas. Com o apoio da universidade, as escavações devem ser intensificadas a partir de junho. Os fósseis estarão expostos amanhã no Museu de Paleontologia (avenida Sampaio Vidal, 245), das 10h às 18h.

Retirado do site: http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia-a-dia/5780/Pesquisador+acha+fossil+de+crocodilo+em+Marilia

No Marrocos são encontrados 1,5 mil fósseis de invertebrados.



Foi publicado na revista "Nature" no dia 13 de maio de 2010 que Paleontólogos da Universidade de Yale, nos EUA, descobriram mais de 1,5 mil fósseis de animais marinhos invertebrados que viveram entre 480 e 472 milhões de anos atrás, durante o período Ordoviciano.
As descobertas, feitas no Marrocos, ajudarão a entender como funcionavam os ecossistemas nessa época, quando houve uma grande diversificação das espécies e a maioria da vida na Terra ainda era encontrada nos oceanos.
Muitos dos fósseis são completos e incluem esponjas, vermes anelídeos, moluscos e caranguejos-ferradura. Como não possuíam ossos, esses animais deixaram poucas pistas para os paleontólogos. No Marrocos, águas calmas e condições químicas favoráveis contribuíram para a preservação das criaturas

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Professores descobrem fóssil de predador gigante no RS

"Pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) encontraram um fóssil quase completo de um predador gigante de aproximadamente 238 milhões de anos. A descoberta ocorreu em um terreno no município de Dona Francisca, na região central do Estado do Rio Grande do Sul há cerca de trinta dias e foi apresentada nesta segunda-feira (10) pelo paleontólogo Sérgio Cabreira e pelo biólogo Lúcio Roberto da Silva.

“Este é o maior esqueleto e em melhor estado de conservação já encontrado”, afirma Cabreira.

O fóssil quase completo do tecodonte Prestosuchus chiniquensis, de aproximadamente sete metros de comprimento e 900 quilos de peso, representa um dos mais importantes achados deste grupo de répteis, que é considerado um grupo ancestral dos dinossauros e aves.

“Esse achado tem enorme importância, com repercussão internacional, porque o conjunto completo pode nos dar informações amplas sobre este animal. Há diversos achados espalhados que se julga serem partes de prestosuchus. Agora, com todos os ossos, podemos certificar que realmente são desse tecodonte”, afirma o paleontólogo.

Os pesquisadores integram um projeto em associação com o Museu de Ciências Naturais da Universidade, que tem como objetivo a constituição de um amplo acervo fossilífero e também a implementação de atividades de museologia."

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/05/10/professores-descobrem-fossil-do-maior-predador-ja-conhecido-no-rs.jhtm

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A multicelularidade e a transição de Ediacara a Burgess

As primeiras células eucarióticas no resgistro fóssil data-se de 1,4 milhões de anos. No entanto, os organismos multicelulares só apareceram antes da explosão cambriana, há cerca de 570 milhões de anos, sendo os primeiros membros da fauna Ediacara.
Em vem de um gradual rumo a uma crescente complexidade taxonômica, as poucas dezenas de milhões de anos entre Ediacara e Burgess testemunham três faunas variadas e radicalmente diferentes - as criaturas de Ediacara, grandes, achatadas e de corpo mole, os pequenos animais esqueléticos tommotianos, coberto de músculos, escamas e plaquetas, e a diversificada e estranha fauna Burgess,os fósseis de Burgess são preciosos por que preservaram com primorosos detalhes partes moles do organismo.


Fig. 1 – Classificação de Seilacher para os organismos de Ediacara, de acordo com suas variações em torno de um único plano anatômico achatado e semelhante a um acolchoado. Estes Organismos são, tradicionalmente, colocados em diversos filos modernos.

Fig 2. – Organismos de afinidade desconhecida representativos da “pequena fauna conchosa” do Cambriano (Rozanov, 1986). A) Tommotia. B) Hyolithellus. C) Lenargyrion

Fig. 3 – Ilustração mostrando algumas das fotografias de organismos de Burgess que aparecem na monografia, publicada por Walcott em 1912, sobre os artrópodes. As fotografias foram bastante retocadas. Canadaspis está no alto, à esquerda; Leanchoilia aparece embaixo.

Fig. 4 – A melhor fotografia sem retoques jamais tirada de um organismo de Burgess Shale. Des Collins tirou esta foto de Naraoia, preservado em vista lateral. Este espécime não veio da pedreira de Walcott e sim de uma das várias outras localidades com mesma área. Os espécimes da pedreira de Walcott não permitem uma fotografia assim tão boa.

Fig. 6 – Reconstituição da fauna de Burgess Shale feita por Charles R. Knight em 1940, a qual provavelmente serviu de modelo para suas ilustrações de 1942. Todos os animais foram desenhados como membros de grupos modernos. Acima de Sidneyia, o maior animai do cenário, Waptia é reconstituído como um camarão. Duas partes que na verdade pertencem ao estranho Anomalocaris são representadas respectivamente como uma medusa comum (no alto, à esquerda do centro) e como a extremidade posterior de um artrópode bivalve (a criatura grande, à direita do centro, nadando acima de dois trilobitos).

Fig. 7 -Uma moderna reconstituição da fauna de Burgess, ilustrando um artigo de Briggs e Whittington sobre o gênero Anomalocaris. Ao contrário do desenho de Charles Knight, este apresenta organismos bizarros. Sidneyia foi transferido para o canto inferior direito e o cenário é dominado por dois espécimes do grande Anomalocaris. Três Aysheaia, comem esponjas ao longo da borda inferior, à esquerda de Sidneyia. Um Opabinia rasteja pelo fundo, logo à esquerda de Aysheaia, e dois Wiwaxia alimentam-se no fundo do mar, abaixo do Anomalocaris em posição mais elevada.

Fig. 9 – Uma reconstrução recente da fauna de Burgess Shale (Conway Morris e Whittington, 1985), mostrando a nova interpretação de Anomalocaris (24), e o grande tamanho desta criatura em relação às outras. Observe os esxtranhos Opabinia (8), Dinomischus (9) e Wiwaxia (23); e os artrópodes Aysheaia (5), Leanchoilia (6), Yohoia (11), Canadaspis (12), Marrella (15 e Burgessia (19).
Figuras retiradas do site: http://www.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/especies/preposcambriano.html

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Objetivos e Aplicações da Paleontologia

A disciplina de Paleontologia tem como objetivos principais: Proporcionar o conhecimento da evolução biológica dos seres vivos através do tempo, com base no estudo, análise e interpretação dos fósseis; Estimar a datação relativa das “formações geológicas” pela ocorrência de diversos grupos de animais e plantas fósseis; Aplicar os conhecimentos adquiridos em reconstituições paleoambientais.
Aplicações da Paleontologia: Aplicação prática mais conhecida no campo da estratigrafia - reconhecimento de camadas sedimentares contemporâneas e a sucessão delas;
Paleocologia - Reconhecimento dos ambientes de deposição das camadas;
Geologia Estrutural - Reconhecimento de fatos tectônicos;
Paleogeografia - Reconhecimento de mares e continentes de épocas pretéritas, dando subsídios à teoria tectônica de placas, etc;

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Noticia publicada em 29/03/2010 na revista Ciência Hoje.

Osso do dinossauro e localização da «Dinosaur Cove»
Foram encontrados pela primeira vez registos de tiranossaurídeos no Hemisfério Sul. No estudo que juntou equipas inglesas e australianas, foi identificado um osso de anca encontrado na chamada Dinosaur Cove (sítio com inúmeros fósseis de dinossauros, em Vitória, sul da Austrália) como sendo de um antepassado do Tyrannosaurus rex.
Bem mais pequeno do que o seu parente do norte, mas com a mesmo fisionomia, este animal, a que os cientistas chamaram NMV P186046, pesava 80 quilogramas e media três metros de comprimento. O estudo está agora publicado na «Science».
Investigadores da Universidade de Cambridge, do Museu de História Natural de Londres, da Universidade Monash e do Museu Vitoria (Austrália) revelam que este dinossauro habitou o planeta entre 146 e 100 milhões de anos (no Cretácio Inferior), 40 milhões de anos antes do aparecimento do Tyrannosaurus rex.
A diferença entre os dois reside no tamanho. O osso da anca encontrado, a púbis, tem 30 centímetros de comprimento e os cientistas não têm nenhuma dúvida de que pertence a um tiranossauros (embora tenha também características de raptorex), que mediria uns três metros. O Tiranossauro Rex media 12 metros e pesava quatro toneladas. No entanto, as características são as mesmas: braços curtos e uma mandíbula forte.
Os dinossauros povoaram o planeta, no tempo da Pangeia, o supercontinente que se dividiu nos vários continentes que hoje conhecemos. Este NMV P186046 pertence à etapa intermédia da divisão. A América do Sul, a Antárctica a África e a Austrália já se encontravam separados das terras do norte. Os cientistas acreditam que será possível encontrar vestígios deste tipo de dinossauro nestes continentes.

Paleontologia: Fosseis mostram como era a vida na Terra.


A paleontologia é a ciência que estuda os organismos que povoaram a Terra ao longo do tempo e cujo os restos e marcas de suas atividades se encontram preservadas nos sedimentos. A paleontologia é de suma importância para a Biologia pois mostra a evolução dos seres vivos e também na reconstituição da historia da Terra.